Pr. Walter Nunes

A reforma religiosa estimulou muitos modos de vida de de pensamento.
No começo da revolução religiosa apareceram na Europa Central vários
grupos de Cristãos zelosos, que embora rejeitassem os ensinos das
igrejas medievais, defendiam fundamentalmente a interpretação
reformada do cristianismo, onde o ideal deles era organizar sociedades
de cristãos no novo testamento, particularmente o sermão da montanha,
todos os seus fundamentos se baseavam no poder da oração.
Cultuavam um escrito companheirismo entre si, dispensando, muito
cuidado as necessidades do próximo. Assim eram os Anabatistas,
exerciam e obedeciam a uma escrita disciplina afim de cultivar uma
comunidade de cristãos genuínos.

Pode-se dizer, que a base fundamental da doutrina dos Anabatistas era o
racionalismo, a qual, sustentavam ele formaria uma comunidade de
pessoas convertidas. A crença era que o batismo, o rito de admissão a
igreja, só deveria ser ministrado aos adultos, porque em sua razão
poderiam experimentar a conversão. Os que ligavam a essa sociedade
eram batizados, pois o batismo que tivessem recebido na infância não
teria mais validade.

Por causa disso foram chamados de Anabatistas, isto é, que se batizam
novamente. Em virtude da ideia que as igrejas medievais tinham sobre
os anabatistas, não admitiam a existência de uma igreja oficial
reconhecida pelo estado, uma igreja de poder civil que podia ser ou
deixar de ser cristã, diziam eles, não poderiam ser a verdadeira igreja.
Por esta razão os Anabatistas se separaram, e não queriam qualquer
aproximação com as igrejas reconhecidas pelo Estado.

Os Anabatistas surgiram especialmente nas regiões da Europa onde o
descontentamento social vinha há muito dominado. Procederam
principalmente dos Camponeses e Artesãos, estas vítimas de injurias e
envolvidos na guerra dos Camponeses, em 1525, havia entre os
Anabatistas uma vontade de transformar a ordem existente,
estabelecendo em seu lugar uma sociedade no amor cristão.